Neste Natal, comprar menos, oferecer mais!

"Na nossa sociedade, o Natal adquire contornos de uma verdadeira fúria consumista onde os valores que a ele presidem se encontram já distantes do seu significado original.
A gravidade da situação, para além da deturpação de uma festa originalmente filiada nos valores da partilha, fraternidade e amor, reside no facto de que esse consumo possui aos mais diversos níveis –nomeadamente ecológico e social – repercussões extremamente nefastas, onde se pode referir como mero exemplo, entre muitos outros, as toneladas de resíduos inutilmente produzidos ou a exploração de milhares de crianças em países pobres que fabricam os brinquedos dos nossos filhos. (...)
O GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, (...) lança um site inédito com dicas e conselhos preciosos para que possamos evitar, ao contrário do que normalmente e ainda que de forma inconsciente fazemos, participar na destruição do ambiente, na exploração de trabalhadores e na feroz alienação comercial; para que todos, e também o nosso planeta, possamos celebrar um Natal realmente Eco-lógico. "



 

Proteínas

Todos os alimentos vegetais - mesmo frutas – contêm alguma proteína,(...) em diferentes teores. O mito de que proteínas vegetais seriam inferiores leva em consideração o fato de que a maior parte dos alimentos vegetais não contêm todos os aminoácidos essenciais nas proporções tidas como "ideais" (por exemplo, os cereais tendem a serem deficientes em lisina enquanto os feijões tendem a apresentarem níveis mais baixos em metionina). No entanto se sabe hoje que nosso corpo consegue combinar os aminoácidos provenientes de diferentes refeições para produzir proteínas completas. Assim, numa dieta variada, onde se inclui diariamente grãos, nozes ou sementes, vegetais e frutas, mesmo aqueles que se restringem ao não consumo de quaisquer produtos de origem animal (vegans) se vêem facilmente a ingerir proteínas completas.
De 1948 a 1974 a dose diária de proteína recomendada foi reduzida em dois terços, de mais 3 g/kg peso corporal a 1 g/kg peso. De lá pra cá pesquisas têm não apenas reforçado a idéia de que nosso organismo pode não apenas se adaptar a níveis inferiores de proteína ingerida como têm também sugerido que uma ingestão moderada a baixa de proteínas pode ser de grande valor na prevenção e tratamento de certas condições degenerativas.

 

Natal Vegetariano

A campanha Natal Sem Carne da Sociedade Vegetariana teve um grande incentivo ao receber moções de apoio de vegetarianos famosos. A campanha visa a encorajar o Reino Unido a tornar-se veg e ter um Natal compassivo e favorável aos perus. A época de festas é um período de extremo sofrimento para milhões de perus criados de forma intensiva para a mesa de Natal. A grande maioria dos perus do Reino Unido são criados em fazendas-empresas, em condições de superpopulação que restringem seus os movimentos e lhes negam a liberdade mais básica.

 

gently vegan



"É preciso mudar, sem radicalismos.
Ao vegetarianismo associa-se também uma preocupação com os outros animais. Este cuidado pelo bem-estar das outras espécies revela o nosso respeito pela vida e a nossa consciência das fragilidades do planeta, mas não pode excluir as nossas relações pessoais (só somos construtivos, se estivermos bem connosco). É importante contribuir para um mundo melhor, ouvindo todas as opiniões. Todas as pessoas têm um papel importante na engrenagem da vida, inclusive o mais casmurro dos omnívoros (que passa os dias a contar-nos a anedota dos tomates a atravessar a estrada!! para provar que os vegetais também têm sentimentos...).
A arte de saber ouvir os outros tem efeitos positivos em ambos os sentidos. É saudável compreender as diferentes “verdades” da vida. Se escutarmos o que os outros têm para dizer-nos, ficamos a conhecê-los melhor e aprendemos sempre algo diferente (mesmo quando discordarmos, ficamos a conhecer outra perspectiva da realidade). O diálogo não serve para converter os outros ao vegetarianismo... é preciso paciência (para os questionários frequentes) e receptividade (para os mais interessados em “experimentar”). Tal como nós chegámos a estas decisões sozinhos, é preciso dar tempo aos outros para tirarem as suas próprias conclusões. O importante é vivermos com sentido de humor (e também aprendermos a rir de nós próprios)."

 

Conto Zen

Certa vez existiu um grande guerreiro que, apesar de muito velho, era capaz de derrotar qualquer oponente. A sua reputação era bem conceituada e muitos discípulos reuniam-se para estudar sob a sua orientação.
Um dia um jovem guerreiro chegou à vila. Estava determinado a ser o primeiro homem a derrotar o grande mestre. Para além de força, possuía uma habilidade fantástica para explorar qualquer fraqueza do adversário, ofendendo-o até este perder a concentração.
Contra todas as advertências dos discípulos, o velho mestre aceitou o desafio do jovem guerreiro. Quando os dois se posicionaram para a luta, o jovem começou a insultar o mestre, jogando terra e cuspindo-lhe. Durante horas, ofendeu o mestre com todo o tipo de insultos, mas o velho guerreiro permaneceu, calmamente, indiferente. Finalmente, o jovem ficou exausto e percebeu que tinha sido derrotado. Então os discípulos aproximaram-se e perguntaram ao ancião:
- Como pôde suportar tantos insultos? Como conseguiu derrotá-lo sem se mover?
O metre replicou:
- Se alguém vos quiser dar um presente e vocês não o aceitarem, para quem retorna esse presente?

 

Islão e Guerra Santa

"Uma prática de grande eficácia espiritual foi, em vida do Profeta, e algum tempo depois, a prática da guerra santa. O Corão insiste nas suas virtudes, mas distingue a grande guerra da pequena; o verdadeiro combate é no campo de batalha do eu, onde se enfrentam os dois princípios da alma carnal e do se imperioso (nafs ammãra) e da alma angélica. Tal como na guerra, a finalidade não é matar o se imperioso, mas dominá-lo e pacificá-lo. O corpo é o veículo indispensável da alma, sem o qual não há aperfeiçoamento; logo, não é mau em si, tal como a carne não significa pecado. Apenas os excessos e as rebeliões da alma animal são prejudiciais à alma angélica. "


 

Desvendando a Oração


O neurologista Andrew Newber da Universidade da Pensilvânia tirou fotografias daquilo a que os fiéis chamam de presença de Deus. Os resultados, publicados na edição de 10 de Abril da revista Psychiatry Research "Neuroimaging", foram surpreendentes.
Foram convidados budistas e freiras franciscanas a meditarem e rezarem numa sala fechada. Depois, no momento da mais alta devoção, injectou um marcador que viaja até o cérebro e revela sua actividade no momento da transcendência.
Um padrão emergiu das experiências de Newberg: Existe uma pequena região, na parte posterior do cérebro, que calcula constantemente a orientação espacial da pessoa, dando uma ideia de onde o corpo da pessoa termina e o resto do mundo começa. Durante a oração intensa ou meditação, essa região torna-se um oásis tranquilo de inactividade, por razões ainda inteiramente desconhecidas.
Tal poderia explicar a comunhão espiritual de ausência de limites, sentida pelos religiosos ao longo das eras. Aliás, "se forem sufientemente longe, os praticantes têm uma dissolução completa do eu, uma sensação de união, de espaço infinito".

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