da Espiral

Eu coloco uma questão: Quem vai ser o primeiro a parar ou a diminuir? Serei eu?
Ou deixamos isso para os outros?
Mas, o consumismo acarreta outros problemas insuspeitos. Estamos cada vez mais impacientes, habituados a não esperar por coisa alguma. Julgamos que tudo está ao nosso dispor, tudo tem de ser mais rápido e tal como nós queremos e que devemos ter logo a ultima novidade tecnológica. Não nos enganemos: a cada gesto diário consumista implantamos cada vez mais fundo essa ideologia na nossa mente e sem que nos apercebamos dela.
Estamos obcecados pela novidade, por experiências novas, pelo nunca antes visto e … pelo nosso próprio umbigo. Tudo se resumo ao centro do nosso eu e á rapidez com que saciamos os nossos desejos e impulsos.
Segundo os padrões da nossa sociedade actual, nós somos aquilo que conseguimos consumir e a felicidade só vem pelo acto de consumir.
O consumismo afastou-nos da relevância do “Ser” e atirou-nos para a ditadura do “Ter”.

Paula Henriques